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Reforçar o sistema imunitário do bebé e das crianças

Reforçar o sistema imunitário do bebé e das crianças
O sistema imunitário é com toda a certeza um dos sistemas mais complexos do organismo. Resulta da interação entre características genéticas e o meio ambiente que nos rodeia, e é absolutamente precioso porque é graças à sua ação que nos protegemos de infeções.
Sabemos que nos primeiros 2/3 anos de vida é imaturo, estando as crianças, nesta fase, mais sujeitas a infeções. No entanto existem medidas que podemos adotar no sentido de reforçar a imunidade.
O melhor ponto de partida para assegurarmos o melhor funcionamento possível do sistema imunitário é uma boa alimentação:
Bebés
  • Leite materno
O leite materno proporciona uma alimentação completa e adequada aos primeiros meses de vida do bebé. É composto por nutrientes, anticorpos e enzimas que reforçam as suas defesas, prevenindo infeções, alergias, obesidade ou mesmo alguns tipo de cancro.
  • Diversificação alimentar
A partir dos 4-6 meses, é importante efetuar, com o devido acompanhamento de um profissional de saúde, uma diversificação alimentar progressiva, apresentando ao bebé os alimentos que lhe vão fornecer os nutrientes e fatores protetores necessários.
  • Higiene
Quem contacta com bebés deve realizar uma boa higiene de mãos, bem como adotar medidas adicionais de proteção, como máscaras por exemplo, se estiver tiver algum problema de saúde transmissível por esta via.
  • Espaços adequados
Devem evitar-se espaços pequenos e com muita gente, ou locais em que o bebé se torne num fumador passivo, minimizando a exposição a germes ou ao fumo que destroem as defesas do organismo do bebé.
  • Sono adequado
Bons hábitos de sono estimulam a imunidade e ajudam a impedir infeções.
  • Cuidados com medicamentos
Os medicamentos devem ser administrados aos bebés por prescrição médica, salvaguardando o uso adequado. O uso exagerado e indevido de antibióticos pode conduzir facilmente à criação de resistências. Do mesmo modo os suplementos vitamínicos devem ser usados com prudência pois podem conduzir a efeitos negativos na saúde da criança.
Crianças
É importante salvaguardar que a alimentação das crianças contenha alguns elementos fundamentais à boa saúde do seu sistema imunitário.
  • Vitaminas A, C e E
Este trio de vitaminas ajuda proteger o organismo de toda a espécie de ameaças.
A vitamina A pode encontrar-se nos alimentos sob duas formas: animal (retinol) e vegetal (beta-caroteno). As duas são importantes para as crianças, embora a forma animal seja absorvida mais facilmente. As melhores fontes animais são a gema de ovo, os lacticínios e o peixe oleaginoso, como as sardinhas. Quanto às fontes vegetais, encontramos beta-caroteno nas cenouras, na batata-doce, nos pimentos cor de laranja, no tomate, nos pêssegos, nas papaias e em todos os vegetais de folha verde.
A vitamina C pode encontrar-se nos citrinos, quivis, bagas vermelhas, brócolos e às couves.
Finalmente, a vitamina E pode obter-se dos ácidos gordos essenciais do peixe oleaginoso, nas sementes e respetivos óleos. A sua principal função é proteger todas as células do corpo humano de lesões provocadas pela oxidação e manter uma pele macia e saudável.
  • Ferro
O ferro é crucial para o sistema imunitário porque é utilizado para a produção de glóbulos brancos e de glóbulos vermelhos – necessários para transportar o oxigénio e os nutrientes através da corrente sanguínea.
As crianças que, por algum motivo, têm tendência para anemias, devem reforçar as doses de ferro, vitamina B12 e ácido fólico. Os principais sintomas de uma anemia são: fadiga constante, fraqueza física, pele pálida (particularmente a pele do rosto), interior da pálpebra inferior muito pálido, choro frequente, maior sensibilidade ao frio, memória fraca, constipações e infeções frequentes.
  • Zinco e Selénio
Ambos são fundamentais para o desenvolvimento do sistema imunitário. As crianças que sofrem regularmente de constipações, tosse e outras infeções, ou aquelas que têm dificuldades na cicatrização de cortes e no desaparecimento de equimoses podem possuir uma carência de zinco. Se é o seu caso, verifique se o seu filho consome diariamente alimento ricos neste mineral. O zinco encontra-se em todas as carnes e aves, na gema dos ovos, nas sardinhas e no atum, no peixe oleaginoso e no marisco, na aveia, centeio, trigo mourisco e arroz integral, bem como nas nozes, amêndoas e sementes de girassol.
Já o selénio, necessário em doses mais reduzidas, não deixa de ser menos importante. Atuando em conjunto com a vitamina E, protege o organismo de bactérias e vírus e neutraliza as toxinas. Uma das formas mais evidentes de detetar uma carência em selénio é a frequência das infeções respiratórias. Marisco, sementes de sésamo, castanhas e gérmen de trigo são excelentes fontes de selénio.
Além de estimular a criança para uma alimentação equilibrada e variada, que previna a obesidade e outros problemas de saúde que podem debilitar o sistema imunitário, é importante também criar hábitos de vida saudável com rotinas adequadas de movimento e exercício, repouso e sono, que estimulam um sistema imunitário “forte”.
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Jogar – Aprender a ganhar e a perder

Os jogos são um elemento essencial nos primeiros anos de vida das crianças. São geradores de grandes momentos de diversão, exercícios saudáveis que promovem a energia positiva. Mais ainda as situações de jogo ajudam as crianças a desenvolver aspetos importantes da sua personalidade e competências necessárias para a sua vida.
A jogar as crianças adquirem e desenvolvem regras sociais, que as vão ajudar no estabelecimento de relações interpessoais. Além disso, e pese embora não seja esse o objetivo primordial de jogar, as crianças desenvolvem naturalmente instinto de competição que, desde que devidamente esclarecido que o objetivo do jogo não é ganhar a qualquer custo, é saudável.
Ganhar e perder faz parte da vida

É natural que a criança fique aborrecida quando não consegue ganhar o jogo. Isso não é por si só um problema. As situações de perda devem ser transformadas em oportunidades de aprendizagem, que permitem desenvolver formas de abordar situações desafiantes e adversários.
Ganhar é sempre gratificante. No entanto, deve estimular-se uma competitividade saudável que gere o impulso de conseguir vencer obstáculos e ultrapassar as barreiras que surgem. Deve cuidar-se para que o desejo de vencer não seja exacerbado e que se transforme numa necessidade de vencer a qualquer custo. O adulto deve transmitir à criança que nem sempre conseguirá ser a melhor, e habituá-la a assumir as suas derrotas sem que isso promova insegurança ou baixa autoestima – Ganhar e perder faz parte da vida.
Os jogos permitem desenvolver estas competências de forma natural transmitindo o instinto de competição, de resistência às dificuldades, de respeito pelo outro, de valorização do esforço e empenho pessoal, do prazer de vencer desafios. Neste sentido, os jogos de equipa são uma boa opção, pois a competição baseia-se na cooperação entre grupos de crianças que competem entre si para desafios e objetivos comuns.
Bons perdedores e bons vencedores

A aprendizagem de perder e ganhar deve começar cedo e no ambiente familiar com a promoção de jogos em família que possam ser jogados por várias pessoas. Os adultos desempenham um papel fundamental, em especial no início, quando a criança encontra grandes dificuldades e pode sentir-se tentada a desistir, no sentido de estimular e promover a satisfação com estas atividades. Progressivamente a criança irá deixando de ganhar sempre e habituar-se-á a ganhar umas vezes e perder outras, e a entender que isso não tem qualquer significado especial além do próprio jogo.
Cabe aos adultos, aos pais, demonstrar que embora perdendo é bom jogar e participar pela partilha de bons momentos com as pessoas queridas. Jogos como o Dominó, o jogo da Glória, a Escondida são boas opções para os mais pequenos.
Respeitar as Regras

A vida em sociedade está repleta de regras e é importante que a criança comece a aprendê-las o mais cedo possível. Os jogos promovem grandes oportunidades de transmissão de regras pois têm o seu próprio conjunto de regras. O esforço na transmissão destas regras ajudará a criança a perceber que com esforço, empenho e cumprindo as regras irá progredir no sentido pretendido. Mais ainda analisar com a criança o que correu menos bem e procurar soluções ajuda-la-á a desenvolver a capacidade de reflexão.
Jogar envolve muitas vezes enfrentar desafios e resolver situações problemáticas. Estas situações vividas num ambiente protegido e apoiadas por adultos vão ajudar a criança a compreender que também na sua vida deve seguir regras, e que não deve desesperar por em determinado momento não conseguir obter algo que deseja.
Parabéns ao vencedor

Os jogos de interação preparam a criança para a vida em sociedade, ajudando a desenvolver competências de relacionamento com os outros, a comunicar e a aprender um conjunto de habilidades importantes para a partilha de situações de jogo, tais como: alegria, entusiasmo, autoestima, confiança, respeito, comunicação, comunhão de objetivos, criatividade e perseverança.
Permitem também ensinar à criança que em qualquer desafio os participantes devem cumprimentar-se no início e no fim, e que devem dar os parabéns ao vencedor. Hoje ganham uns, amanhã ganharão outros. Felicitar os vencedores é uma forma de demonstrar que sabemos estar à altura das circunstâncias. Por isso, “Parabéns ao vencedor!”
Quando a criança ganha deve ensinar-se a ter respeito e consideração pelos outros concorrentes. Deve transmitir-se o valor de que a vitória é uma recompensa, mas há mais que isso no jogo. Além do resultado é também importante o percurso, e nem sempre é possível ganhar. Isso não significa que a criança não é boa, nem que irá perder da próxima vez, deve continuar a esforçar-se e na próxima poderá correr melhor.
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2º ano de vida: Estimular, estimular, estimular

No segundo ano de vida a criança ainda a desenvolver a sua coordenação motora, a adquirir o equilíbrio necessário para dominar por completo o andar e as suas reações de proteção e segurança face a obstáculos e desafios do ambiente que a rodeia. Começa também a experimentar, ainda que em pequena escala, movimentos de coordenação motora fina, movimentos de rodar as mãos, e outros.
Cada passo é crucial para a etapa seguinte: se a criança desenvolve uma determinada competência de movimento e é estimulada adequadamente, sentir-se-á cada vez mais apta para desenvolver novas habilidades e fazer novas conquistas. É importante, no entanto, evitar que a criança “salte” etapas do seu desenvolvimento. Em cada etapa a criança aprimora capacidades motoras, que têm impacto a nível cognitivo, social e emocional, que se não forem vivenciadas, serão perdidas.
Existem brinquedos mais adequados para esta etapa de desenvolvimento que estimulam a criança a conquistar a coordenação motora fina, potenciando os ganhos nesta fase. É o caso das bancadas de atividades, dos telefones com botões, dos tijolos de montagem, dos brinquedos empilháveis, dos brinquedos de empurrar e puxar, dos livros didáticos, etc. Estes brinquedos permitem desenvolver experiências de tirar e pôr, de reconhecimento de formas e tamanhos, de cores, etc.
Nesta fase é importante controlar bastante o tempo de televisão a que a criança é exposta, pois é uma experiência bastante passiva numa altura em que a criança tem aptidão para fazer grandes descobertas.
É importante também não esquecer as inúmeras possibilidades de brincadeiras com adultos que tanto podem estimular a criança e, ao mesmo tempo, aprofundar laços relacionais. Sugerem-se os circuitos para que a criança ultrapasse obstáculos, que podem ser criados com os objetos que temos à disposição, como cadeiras, rampas, móveis, túneis, etc. Sugerem-se também as brincadeiras com água, normalmente um grande sucesso nesta fase. E brincadeiras que envolvam movimentar o corpo, como bolas, músicas, corridas, jogos, etc. O mais importante é a criança ter alguém com quem brincar, se possível um adulto disponível, que se entusiasme com o privilégio de brincar e voltar a ser criança.
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As Alergias Sazonais

Com o início da primavera dispara a manifestação de alguns sintomas característicos das alergias sazonais. Existem vários tipos de alergias causadas por alergénios diferentes e que manifestam, também, de forma diferente. A manifestação de alguns sintomas, num determinado período do ano, caracteriza as alergias de tipo sazonal. Tipicamente, as alergias de primavera são causadas por pólenes ao passo que alergénios, como os ácaros do pó, são responsáveis por alergias que ocorrem durante todo o ano. Existem pólenes no ar atmosférico durante todo o ano, mas na Primavera as concentração é significativamente mais elevada. Na primavera e no verão surgem também outros agentes que merecem atenção, como o veneno de insetos, pois podem provocar reações alérgicas graves, em casos raros até mesmo fatais.
No verão as elevadas temperaturas e as mudanças de ambiente e hábitos com as férias propiciam o aparecimento de urticárias, como a urticária solar. Por essa razão é importante o uso de protetores solares e a toma de anti-histamínicos quando aconselhado.
Em Portugal a principal causa de alergia a pólenes são as gramíneas (fenos), que atingem o seu pico máximo habitualmente durante os meses de Maio e Junho. A concentração de pólenes no ar depende da polinização e varia para cada planta, mas coincide para a maioria com a primavera. A explicação reside na influência de variáveis meteorológicas: a ocorrência de chuva (previamente à época polínica) condiciona fortes concentrações de pólenes quando a precipitação se interrompe, com os dias quentes e ventosos de Primavera; pelo contrário, um ano seco condiciona uma vaga polínica menos intensa, em particular das plantas mais sensíveis à falta de água, como as gramíneas.
A alergia é uma resposta do nosso sistema imunitário a uma substância estranha ao organismo. Quando o sistema imunitário deteta a presença de elementos estranhos que considera perigosos liberta uma proteína designada por Imunoglobulina E (IgE). Esta proteína fixa-se na substância que provocou o alerta imunológico e fomenta a libertação de histamina e outras substâncias. É principalmente a histamina que, nos primeiros minutos, provoca os sintomas alérgicos: espirros, dispneia, prurido, etc.
Sintomas
Os sintomas são desencadeados, em especial, no exterior dos edifícios, sobretudo com tempo quente, seco e ventoso e condicionam muito a qualidade de vida dos doentes.
A alergia a pólenes causa com frequência manifestações alérgicas do aparelho respiratório – asma e rinite -, dos olhos – conjuntivite – ou da pele – urticária e eczema).
A rinite alérgica é a alergia mais frequente. Pode atingir até 1/3 da população portuguesa e caracteriza-se pela ocorrência de espirros, nariz entupido, comichão e pingo no nariz. Estes sintomas podem ser acompanhados por conjuntivite alérgica (olho vermelho, lacrimejo, comichão e inchaço).
Também é igualmente frequente a asma, que causa dificuldade em respirar, pieira, cansaço fácil e tosse, e a urticária e o eczema, que causam sintomas de pele.
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Com chupeta ou sem chupeta

Muitas vezes na ecografia vemos o bebé a chupar no dedo, ainda no útero. Este instinto natural é muito forte em alguns bebés após o nascimento, que continuam dispostos a chuchar mesmo depois de comer.
Utilizar ou não a chupeta é uma escolha dos pais. Alguns recorrem a ela, por ser uma solução simples e prática para acalmar o bebé. Outros preferem não criar este hábito por questões estéticas ou de higiene.
Não existe uma razão física para não dar a chupeta ao bebé. No entanto, não se deve usar a chupeta antes de o bebé ter aprendido a pegar no peito, para não dificultar a aprendizagem, pois a chupeta gera movimentos da boca para chuchar ligeiramente diferentes daqueles que são necessários para chuchar no mamilo.
Não dê também a chupeta logo que o bebé termina de mamar. Ponha-o a arrotar, mude a fralda, dê-lhe mimos, embale-o e resolva as necessidades do bebé quando ele estiver impaciente. Assim terá um bebé menos dependente da chucha.
Muitas vezes há a preocupação de que a chupeta afeta o crescimento da dentição. Não há motivo para tal, os dentes definitivos só crescerão por volta dos 5 ou 6 anos de idade, muito depois do desaparecimento da chupeta. Há contudo, que ter em atenção o hábito de chuchar no dedo, que é com frequência mais difícil de resolver.
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Abordagens para problemas na hora de deitar

O que fazer quando o seu filho continua a acordar durante a noite – e sabe que tem idade suficiente para dormir toda a noite? Se quer que durma toda a noite sem chamar por si, o mais importante é certificar-se de que aprende a adormecer sozinho – encontrando o seu polegar, com um objeto transicional, ou de alguma outra forma. A maioria dos especialistas concorda que deve tentar evitar que o seu filho se torne dependente de condições externas, tais como música, iluminação e alimentação para adormecer; se o faz, provavelmente precisará das mesmas coisas todas as vezes que acordar durante a noite.
Se o seu filho não dorme toda a noite, há uma variedade de abordagens que pode tentar.
• Abordagem 1
Desde que deite o seu filho na hora adequada para dormir, pode fazer o que lhe parece que vai ajudá-lo a voltar a dormir, como embalar no colo ou passear até adormecer. Se a sua rotina da hora de dormir for consistente, o acordar durante noite deve diminuir em algumas semanas. Se isso não funcionar, tente uma verificação de rotina: se o seu filho está a chorar, vá ao seu quarto. Dê-lhe uma palmadinha nas costas e diga-lhe que está tudo bem, mas que é hora de dormir. Não pegue no colo ou dê muitos mimos, seja gentil mas firme. Saia. Aguarde cerca de cinco minutos e verifique novamente. Faça isto repetidamente, até que adormeça, aumentando o tempo entre cada visita.
• Abordagem 2
Ajude a criança a fazer associações apropriadas para a hora de dormir, criando uma rotina consistente antes de dormir. Certifique-se de que o seu filho adormece sozinho – sem si, sem um boneco ou biberão. Embora resultem no curto prazo, estes métodos podem ensinar o seu filho a depender deles para dormir, em vez de adormecer por conta própria. Se não adormece, tente deixar chorar por intervalos de tempo progressivamente mais longos, começando em cinco minutos, aumentando para 10 e assim por diante. Entre os intervalos, pode despender cerca de dois a três minutos com seu filho, tranquilizando-o a falar com ele e possivelmente dando-lhe uma palmadinha costas. Não pegue nele nem o embale ao colo.
• Abordagem 3
Veja que horas são quando a criança mostra sinais de sonolência – e faça desse o seu horário regular para deitar e dormir. Planeie uma rotina tranquila para a hora de dormir e discuta-a com a criança, para que entenda o que vai fazer, quando e porquê. Seja qual for a decisão, a rotina deve terminar com a criança calma e acordada no seu berço, para que possa adormecer por ela. Se a criança acorda durante a noite, não pegue nela nem a traga para o seu quarto. A criança precisa de aprender a adormecer novamente sozinha, mesmo que isso signifique que no início chore um pouco. Conforte-a por um curto espaço de tempo e volte novamente a cada cinco a 10 minutos até que adormeça.
• Abordagem 4
Pode ajudar o seu filho com técnicas de autocompensação dando-lhe um peluche ou um cobertor e ajudando-o a encontrar o seu polegar. Siga uma rotina de dormir em que o apoio seja reconfortante. Se começar a chorar durante a noite, altere o seu ritmo de sono acordando-o antes da sua hora de dormir. Dê-lhe amor e carinho, alimente-o se necessário, e deite-o novamente, tranquilizando-o porque está com ele.
• Abordagem 5
Tente alterar a sesta da tarde para um momento anterior e, se necessário, obrigue-o a acordar mais cedo. Mantenha a rotina antes de dormir. Outras maneiras de ajudar a criança a dormir são deitar-se com ela, fingir que está a dormir, ou uma abordagem de trabalho, de adulto responsável: Prepare-se para a cama e faça a sua própria rotina diária.
Eventualmente cairá no sono enquanto o observa a si. Se acordar durante a noite, não o deixe ficar a chorar. Em vez disso, tente encontrar a razão por que está acordado (como uma fralda suja, fome, está aborrecido por conta das rotinas do dia, nariz entupido ou até mesmo um pijama com um tecido irritante). Aumente o seu grau de intervenção e a ligação a si durante do dia e deixe o pai desempenhar o papel de cuidador durante a noite, para que ambos os pais ajudem a criança a dormir. Se a criança tem sido um dorminhoco consistente, mas está a passar por uma fase de grande desenvolvimento, é natural que acorde mais vezes durante a noite. Quando isso acontecer, tente adormecê-la novamente sem a tirar do berço. Em vez disso, dê-lhe palmadinhas nas costas, fale calmamente e cante. Pode considerar levá-la para a sua própria cama.
Não há nenhuma forma certa de encorajar o seu filho a deitar-se e a dormir durante a noite. Precisa de escolher uma abordagem que resulte para si e para a sua família.
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Carrinhos de bebé

O carrinho de bebé pode ser o melhor amigo dos pais ou uma fonte constante de transtornos e inconvenientes se escolhermos o modelo errado para nós. Existem muitos modelos diferentes que se adaptam a diferentes estilos de vida. Por isso, antes de comprar, pense em qual será o tipo de utilização que vai dar ao carrinho de bebé para escolher aquele que melhor se adapta a si e ao seu bebé.

No momento da escolha do carrinho de bebé é fundamental validar algumas questões importantes.

Carrinhos de bebé – características

  • Segurança

A segurança do bebé deve ser a maior preocupação e, por isso, deve verificar se o carrinho pertence a uma marca homologada pelas normas europeias.

  • Estrutura

Certifique-se que a estrutura do carrinho trava bem, na posição devida, e que o mecanismo de travagem é fácil de usar e não falha acidentalmente quando carrega a criança.

Verifique se o quadro tem alguma aresta viva ou saliências. Os dedos pequeninos do bebé podem facilmente prender e magoar-se entre peças de metal ou molas descobertas.

Evite também carrinhos de bebé com uma abertura de pernas demasiado grande, que possibilite que o bebé escorregue através dela.

  • Estabilidade

O carrinho de bebé deve ser estável e pouco susceptível de tombar quando em uso.

  • Cintos de segurança

O sistema de retenção é obrigatório e o mais seguro, em especial para bebés que estão muito tempo no carrinho, é o arnês de cinco pontos que envolve a cintura, entre as pernas e desce sobre os ombros. Verifique se o fecho é de abertura fácil para si e é confortável e seguro para a criança.

  • Travões

Teste os travões antes de comprar. Devem ser fáceis de operar e bloquear completamente as rodas quando necessário.

  • Manobrabilidade

Um bom carrinho de bebé deve conseguir empurrar-se em linha recta e transformar-se com uma mão.

Se tiver rodas giratórias torna-se mais fácil de manobrar. Procure um carrinho de bebé com um mecanismo de travagem nas rodas giratórias que permita manobrar com segurança o carrinho sobre superfícies irregulares, proporcionando, no entanto, a flexibilidade necessária em espaços apertados.

Tente abrir e fechar o carrinho de bebé antes de comprar. Deve conseguir fechar e abrir novamente o carrinho em um ou dois passos enquanto segura o seu bebé. Certifique-se que o carrinho tem um dispositivo de bloqueio para que não feche acidentalmente, e verifique que se encaixa no seu veículo com facilidade.

  • Suspensão e rodas

As rodas com raios de plásticos não sustentam bem. Opte por cubos de aço ou alumínio. Os sistemas de suspensão raramente estão disponíveis em carrinhos de bebé de peso médio, mas modelos de pesos-pesados podem oferecer molas ou outros tipos de amortecedores, que dão ao seu bebé um passeio mais confortável.

  • Altura dos punhos

Os punhos devem ficar ao nível da cintura de quem empurra o carrinho, ou ligeiramente abaixo. A maioria dos carrinhos de bebé são desenhados para uma mulher de altura média. Se não se encaixa nessa descrição procure um carrinho de altura ajustável.

  • Assento regulável

O assento reclina? Os bebés recém-nascidos precisam de um assento que recline para uma posição quase plana até que tenham controlo de cabeça e podem sentar-se, geralmente, por volta de 6 meses. Mesmo para bebés ou crianças mais velhas, um assento reclinável é uma vantagem.

  • Capa

Uma capa ajustável protege o bebé do sol, chuva e vento e torna os passeios mais confortáveis.

  • Armazenamento

Um cesto sob o assento é uma grande ajuda em viagens de compras e para transportar o equipamento do bebé.

  • Tecido de qualidade e lavável

A qualidade da tela também é muito importante. Certifique-se de que o carrinho contém materiais que são fáceis de remover e lavar.

 

Carrinhos de bebé – Tipos

Os carrinhos dee bebé são obrigatórios para a maioria dos pais e mães. Antes de comprar, considere onde mora, onde espera movimentar-se com o carrinho, e quanto quer gastar.

Há 4 tipos básicos de carrinhos de bebé para escolher:

  • Carrinhos guarda-chuva:

São leves, dobram-se com facilidade, transportáveis, seguros e oferecem conveniências adicionais como espaço de armazenagem. Cabem em qualquer lugar pequeno. No entanto, não são adequados para recém-nascidos e oferecem pouco apoio lombar.

  • Carrinhos de bebé padrão

São carrinhos muito resistentes, compactos, robustos e duradouros. Oferecem tudo no que se refere a conveniência, características e facilidades e têm recursos de segurança adicionais como sistema avançado de travagem.

  • Carrinhos de viagem

Podem ser usados como uma amenidade de viagem para mover seu filho de um lado para outro de carro.

  • Carrinhos múltiplos

Se tem bebés gémeos, um carrinho deste tipo é o mais adequado. No entanto, são carrinhos mais pesados, menos ágeis e mais caros do que o padrão de carrinhos de criança.

Cada tipo de carrinho de bebé referido tem suas próprias vantagens e desvantagens, tanto em padrões de uso como nos modelos. Deve considerá-los todos para decidir qual é o melhor carrinho de bebé para o seu caso específico.

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Segurança em casa

Os bebés desenvolvem-se muito rapidamente e quando damos por isso já andam, curiosos e aventureiros, à descoberta do mundo.
Por isso devemos preparar com antecedência a nossa casa tendo em conta os comportamentos e a curiosidade de uma criança saudável.
Devemos olhar para a casa pelos olhos da criança, encontrando em cada divisão as coisas que possam atrair a sua curiosidade.
No Quarto
Cama
A cama deve ser sólida e estável, sem arestas ou elementos que possam prender ou magoar o bebé. As grades devem ter no mínimo uma altura interior de 60 cm, aberturas inferiores a 6 cm e um colchão adequado. Deve obedecer às normas de segurança europeias.
Fraldário
O móvel para mudar o bebé deve ser estável ter um rebordo elevado.
Para a muda do bebé deve ter tudo o que precisa junto a si, por forma a estar em contacto com o bebé ininterruptamente (basta uma segundo para que o bebé rebole e caia).
Brinquedos
Devem sempre ser adequados à fase de desenvolvimento da criança, e estarem disponíveis para a brincadeira com condições de segurança.
Na Casa de banho
Prepare a casa de banho para o banho do bebé. Verifique a temperatura da água antes de começar o banho e utilize meios de protecção adequados (banheira adequada ao bebé, tapetes antiderrapantes,..)
Na Cozinha
A cozinha apresenta vários riscos para um bebé. Por isso:
– Feche portas e gavetas para impedir o acesso aos utensílios de cozinha (facas, pratos, copos de vidro, etc), alimentos e materiais de limpeza;
– Tenha atenção às fontes de calor pois podem provocar queimaduras (alimentos líquidos quentes, pegas de panelas, tachos ou frigideiras, a porta do forno, etc.).
– Tenha atenção aos alimentos aquecidos no microondas, pois muitas vezes os recipientes estão mornos e os alimentos que contém a ferver.
Na sala
Fontes de aquecimento
Deve impedir o contacto com lareiras, radiadores ou outras fontes de aquecimento.
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Cadeiras auto

As cadeiras auto são elementos de segurança activa num automóvel, obrigatórios por lei quando se transportam crianças com idade inferior a 12 anos. Devem garantir o conforto e a segurança da criança em viagem.

Escolher a cadeira auto certa

Qual é a melhor cadeira auto para o meu filho?

A melhor cadeira auto é aquela que melhor se ajusta ao seu filho, melhor se encaixa no seu veículo e é fácil de instalar e usar. Aqui estão algumas dicas úteis e recomendações para ajudar a decidir.

1. O peso é mais importante que a idade

As cadeiras de criança dividem-se em grupos, de acordo com o peso e idade da criança (ver tabela abaixo). Tenha em atenção que mais do que a idade, o peso do seu filho é importante para a escolha da cadeira.

 

Grupo Peso Idade (aprox) Posição da cadeira
0 – Alcofa ** ** De lado
0+ Até 13 Kg Até 12-18 meses Virada para trás
0+/1 ou 1 Até 18 Kg 12 meses – 3/4 anos Virada para trás
0+/1 ou 1 Até 18 Kg 18 meses – 3/4 anos Virada para a frente
2 / 3 15 – 36 Kg 4/6 anos – 12 anos Virada para a frente
3 22 – 36 Kg 8/9 – 12 anos Virada para a frente

** só para casos especiais

 
  • Alcofa (até aos 18 meses)
A alcofa está indicada em alguns casos especiais relacionados com questões de saúde que devem ser devidamente avaliadas por profissionais de saúde.
  • Grupo 0 (0-13kg)
As cadeiras deste grupo devem colocar-se em sentido contrário ao movimento do veículo para garantir máxima segurança, e com uma inclinação de 45º, para que o bebé viaje semissentado, bem aconchegado e confortável. Habitualmente podem ser instaladas quer no banco da frente quer no de trás (mais seguro), utilizando um cinto de 3 pontos ou sistema isofix.
  • Grupo 0+/I (0-18kg)
Estas cadeiras são mais adequadas para bebés que se tornam demasiado altos para as do Grupo 0+ antes de atingirem os 13 kg, e possibilitam que a criança viaje voltada para trás até o mais tarde possível – é a mesma cadeira que a criança já usava antes de ter 18 meses. Estas cadeiras não são apropriadas para bebés com menos de 8-9 meses, porque a criança já viaja completamente sentada. Devem ser utilizadas da mesma forma que a do grupo anterior, embora possam ser voltadas para a frente a partir dos 18 meses. Deve utilizar a cadeira voltada para trás mesmo que a criança bata com os pés no banco do automóvel ou dobre as pernas, pois é a posição mais segura. O seu uso é desaconselhável a partir dos dois anos e meio. Tal como as anteriores, estas podem ser instaladas no banco de trás ou da frente (último recurso, nunca com airbag frontal ativo), num lugar com cinto de 3 pontos, ou através de sistema isofix.
  • Grupo I (9-18kg)
Estas cadeiras destinam-se a crianças entre 12 meses e 3 anos, com um peso entre 9 e 18 quilos. O sistema ideal para este grupo é o do assento convertível virado para trás, e o tipo de sistema alternativo é o assento convertível virado para a frente.
  • Grupo II,III (15-36kg)
As cadeiras deste grupo são indicadas a partir dos 3 anos ou 15 kg. Devido ao seu posicionamento, protegem melhor a criança em caso de acidente do que o cinto de segurança isoladamente, uma vez que, desta forma, o cinto segura simultaneamente a criança e a cadeira proporcionando assim a segurança pelo ombro e pela bacia em vez de o fazer pela barriga e pelo pescoço.
Se escolher um modelo com as costas destacáveis, não terá que comprar mais cadeirinhas até a criança ter 1,35 metro de altura, 36 kg ou 12 anos, uma vez que este modelo se transforma em banco elevatório.
  • Grupo III – Bancos elevatórios (22-36 kg)
Por volta dos 7-8 anos, poderá utilizar apenas o banco elevatório se o cinto de segurança já não incomodar no pescoço e se o automóvel tiver apoio de cabeça. Por outro lado, pode também continuar a usar a cadeira de apoio se esta for suficientemente alta (apresenta mais proteção lateral).
Importante

  • Nunca compre uma cadeirinha auto demasiado grande para o seu filho, verifique se é adequada para o peso do seu filho desde o primeiro dia de uso.
  • É mais seguro comprar uma cadeira auto para se adequar o peso do seu filho ao invés de comprar uma cadeira auto que abrange todos os intervalos de peso (usando a mesma cadeira auto desde o nascimento até aos 3 anos, ou mais).
  • Os especialistas em segurança de automóveis dizem que não se deve considerar apenas a idade da criança ao escolher uma cadeirinha. Deve considerar-se o peso e a altura e qual a cadeira que oferece maior segurança e se encaixa melhor no carro; se o bebé ou criança irá fazer viagens curtas ou longas, se vai necessitar de transferir a cadeira de um carro para outro, bem como o que é mais conveniente para si como pai.

2. Quando é a altura de mudar para a cadeira auto da próxima fase?

Voltado para a retaguarda até aos 12 meses ou até aos 18
Espere tanto tempo quanto possível para mudar da cadeira de recém-nascido para a fase seguinte. Os bebés estão mais protegidos se viajarem voltados para a traseira do automóvel. Desta forma, em caso de impacto, a energia do mesmo é a absorvida e distribuída pela cadeira e pelos cintos. O bebé tem um pescoço frágil e a cabeça grande e pesada. Estas características levam a que, ao transportarmos uma criança no automóvel de frente para o trânsito, o movimento da cabeça possa provocar lesões muito graves e por vezes irreversíveis, no caso de um acidente.

3. Mudar da cadeira auto de recém-nascido para a cadeira de bebé

O seu bebé deve deixar de usar a cadeira auto de recém-nascido quando a parte superior das suas orelhinhas ultrapassar a parte superior do encosto do banco. Não deve trocar para a cadeira da fase seguinte até este momento. Certifique-se que a cabeça do seu bebé é generosamente protegida pelo topo da cadeira.
Nota: não é um problema se as pernas do bebé ultrapassam a borda do assento.

4. Trocar a cadeira de bebé para a cadeira de criança

Troque a cadeira de bebé pela cadeira de criança se os ombros do seu bebé estão 2 cm acima das aberturas mais altas para as alças na cadeira de bebé, quando o descanso para a cabeça se encontra na posição mais elevada. Verifique que o encosto de cabeça da cadeira auto esteja na posição mais baixa quando efectuar a troca.

5. Quando não fazem falta mais cadeiras

Legalmente não é necessária cadeira de apoio ou banco elevatório se a sua criança tiver 1,35 metros de altura, 12 anos ou 36 Kg de peso – só assim o cinto ficará corretamente colocado na bacia e não sobre a barriga.
As crianças que não usem cadeira auto devem usar cinto de segurança de carro sempre que viajam de carro.

6. Checklist para a compra da cadeira auto

  • Antes de escolher a cadeira auto leia o manual do seu veículo para verificar exactamente onde e como pode instalar a cadeira auto
  • Certifique-se de que a cadeira é apropriada para o peso e a idade do seu filho

Leve o seu filho e o seu automóvel quando for comprar a cadeira e verifique se tem o tamanho adequado para o seu filho e se se encaixa perfeitamente no seu automóvel

  • Verifique se o modelo que pretende foi testado para a norma europeia ECE 44
  • No automóvel verifique se se encaixa perfeitamente, se é fácil de instalar, se os cintos de segurança têm comprimento suficiente, e se pode usar a cadeira no lugar que pretende (airbag)
  • Tente instalar a cadeira no seu automóvel antes de a comprar
  • Verifique se a cadeira é fácil de usar, se é confortável para a criança, se tem uma posição para dormir, e se os cintos são fáceis de ajustar
  • Certifique-se que pode colocar e retirar o seu filho com facilidade
Finalmente

  • Use a cadeira auto em todas as viagens, independentemente de serem curtas ou longas!