2º ano de vida: Estimular, estimular, estimular

22, Fev 2022
No segundo ano de vida a criança ainda a desenvolver a sua coordenação motora, a adquirir o equilíbrio necessário para dominar por completo o andar e as suas reações de proteção e segurança face a obstáculos e desafios do ambiente que a rodeia. Começa também a experimentar, ainda que em pequena escala, movimentos de coordenação motora fina, movimentos de rodar as mãos, e outros.
Cada passo é crucial para a etapa seguinte: se a criança desenvolve uma determinada competência de movimento e é estimulada adequadamente, sentir-se-á cada vez mais apta para desenvolver novas habilidades e fazer novas conquistas. É importante, no entanto, evitar que a criança “salte” etapas do seu desenvolvimento. Em cada etapa a criança aprimora capacidades motoras, que têm impacto a nível cognitivo, social e emocional, que se não forem vivenciadas, serão perdidas.
Existem brinquedos mais adequados para esta etapa de desenvolvimento que estimulam a criança a conquistar a coordenação motora fina, potenciando os ganhos nesta fase. É o caso das bancadas de atividades, dos telefones com botões, dos tijolos de montagem, dos brinquedos empilháveis, dos brinquedos de empurrar e puxar, dos livros didáticos, etc. Estes brinquedos permitem desenvolver experiências de tirar e pôr, de reconhecimento de formas e tamanhos, de cores, etc.
Nesta fase é importante controlar bastante o tempo de televisão a que a criança é exposta, pois é uma experiência bastante passiva numa altura em que a criança tem aptidão para fazer grandes descobertas.
É importante também não esquecer as inúmeras possibilidades de brincadeiras com adultos que tanto podem estimular a criança e, ao mesmo tempo, aprofundar laços relacionais. Sugerem-se os circuitos para que a criança ultrapasse obstáculos, que podem ser criados com os objetos que temos à disposição, como cadeiras, rampas, móveis, túneis, etc. Sugerem-se também as brincadeiras com água, normalmente um grande sucesso nesta fase. E brincadeiras que envolvam movimentar o corpo, como bolas, músicas, corridas, jogos, etc. O mais importante é a criança ter alguém com quem brincar, se possível um adulto disponível, que se entusiasme com o privilégio de brincar e voltar a ser criança.
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